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A central nuclear de Zaporizhia, ocupada pela Rússia na Ucrânia, foi desconectada da rede elétrica

Os geradores de emergência da central, que funcionam com diesel, foram acionados para garantir o funcionamento da usina

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Por Redação
Atualização:

A central nuclear de Zaporizhia, ocupada pela Rússia no sul da Ucrânia, foi desconectada da rede de energia elétrica ucraniana, segundo anuncio da administração russa nesta segunda-feira, 22.

“Devido ao corte da linha de alta tensão de Dniprovska (conectada a uma central de energia elétrica na região de Dnipro), a central nuclear de Zaporizhia perdeu o fornecimento externo de energia”, afirmou a administração russa no Telegram.

Os geradores de emergência da central, que funcionam com diesel, foram acionados para garantir o funcionamento da usina.

Uma vista mostra a Usina Nuclear de Zaporizhzhia durante o conflito Rússia-Ucrânia fora de Enerhodar na região de Zaporizhia, Ucrânia controlada pela Rússia, 29 de março de 2023 Foto: Alexander Ermochenko/ REUTERS

“O nível de radiação na central está dentro das normas”, acrescentou a administração, vinculada ao grupo estatal russo Rosatom.

Ucranianos falam em “ataque” das forças russas

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A operadora ucraniana Energoatom afirmou que o apagão foi provocado por um “ataque” noturno das forças russas que cortou a ligação da última linha de alta tensão que conectava a central à rede ucraniana.

De acordo com o exército ucraniano, a cidade de Dnipro foi alvo de um ataque na madrugada de domingo para segunda-feira com 16 mísseis e 20 drones explosivos russos.

Durante o “ataque noturno”, quatro mísseis e todos os drones russos foram derrubados e pelo menos oito civis ficaram feridos, de acordo com um comunicado militar divulgado no Facebook.

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Uma enfermeira trata um soldado ucraniano ferido na sala de emergência de um ponto de tratamento de emergência perto da linha de frente, em meio ao ataque da Rússia à Ucrânia, na região de Zaporizhia, Ucrânia, 17 de maio de 2023 Foto: Bernadett Szabo / REUTERS

Os geradores de emergência ativados em Zaporizhzhia geralmente dispõem de combustível para funcionar durante 10 dias, de acordo com a Energoatom. “Se não for possível restabelecer a energia externa neste período, pode acontecer um acidente com consequências radioativas para todo o planeta”, advertiu a empresa.

Segurança

O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que a segurança nuclear da usina é “extremamente vulnerável”.

“Devemos estabelecer um acordo para proteger a usina. Esta situação não pode continuar”, escreveu no Twitter.

Oficialmente, esta é a sétima vez que o enorme complexo nuclear fica isolado da rede elétrica desde que foi ocupado pelo exército russo em 4 de março de 2022.

O apagão anterior, no início de março, foi provocado por uma onda de ataques com mísseis russos, de acordo com a operadora estatal ucraniana Energoatom.

A central, que produzia 20% da energia elétrica da Ucrânia, permaneceu em operação nos primeiros meses da ofensiva russa, apesar dos bombardeios, antes de ser fechada em setembro.

Desde então, nenhum dos seis reatores VVER-1000 da era soviética gera energia, mas a central permanece conectada ao sistema de energético ucraniano e consome a eletricidade que produz para suas próprias necessidades, incluindo a refrigeração dos reatores./AFP

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